sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cerimonia de Posse da Nova Diretoria do Movimento de Cultura Negra de Arraial do Cabo.

A noite de 10 de julho foi realmente inesquecível para todos os presentes a nossa Cerimonia de Posse da nova Diretoria. Como vice-presidente da Instituição, quero aqui registrar o quanto estou honrada em compor com tão nobres companheiros. O trabalho em equipe, as longas e repetidas reuniões para tirarmos nossas propostas, nossos projetos, tudo foi prazeroso, construtivo, elaborado por nós, pensado para o nosso povo. A bandeira da igualdade e do respeito suspensa aos mais altos patamares, a vontade de fazer, o desejo de mudar. Veja as imagens registradas pelo incrível fotógrafo Bruno Teixeira, e sinta um pouco da emoção que vivemos.

Bruno Teixeira recebendo homenagem do Presidente Leandro Clemente, ao fundo uma
felicíssima Vice-Presidente

Rosário Maia, presidente da Associação de Sambistas de Arraial do Cabo
sendo homenageado

Leandro Clemente, Presidente em seu emocionante discurso de posse

Alberto Damit, ilustre representante das artes dramáticas em um discurso
altamente reflexivo

Presidente e família, numa noite de muitas alegrias

Representantes de religiões de matrizes africanas
Pai Magno de Xangó

Nossa beleza negra muito bem representada ao lado
de Luciana Brites, Diretora de Relações Institucionais

Momento especial: homenagem a Tia Lúcia!!

Momento coruja: Minha filha, Gabriela Tinoco discursando pela Comissão de Juventude!

Brilhante: Yan discursando pela Comissão de Juventude


Pedro Henrique e seu discurso: Comissão de Juventude


Nossa diretoria

Nossa Diretoria

Discurso de transmissão da Presidencia de nossa emblemática Josimaria




Momento de execução do Hino Nacional


Momento de encantamento: Griot presente, o jongo invadindo o plenário, tomando posse do espaço


Autoridades presentes! Chico, Presidente da Ecatur e Renatinho Viana, 
representando o Executivo e o Legislativo do Município

Audiencia seleta e satisfeita, contemplada com nossas ações.


Josimaria e nossa bela Gisele





Houveram momentos de pura magia, puro encantamento. O discurso do amigo de sempre, incansável na luta, Manoel Justino, nos levou a celebrar a vida e a luta de nossa gente. 
Mas a jovem negra linda Carol, esta nos levou as lágrimas.
Quando se ouve uma menina de quinze anos discursar sobre racismo, preconceito, intolerância religiosa e, com um sorriso doce, exigir RESPEITO, o coração reafirma que estamos no caminho certo.

Aqui minha homenagem a voce, doce menina

Yèyé òpàrà !
Obìnrin bí okùnrin ní Òsun
A jí sèrí bí ègà.
Yèyé olomi tútú.
Opàrà òjò bíri kalee.
Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn
Ó bá Sònpònná jé pétékí.
O bá alágbára ranyanga dìde


Yèyé Opàrà !
Oxum é uma mulher com força masculina.
Sua voz é afinada como o canto do ega.
Graciosa mãe, senhora das águas frescas.
Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.
Que como pétékí com Xapanã.
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.


Assista agora ao vídeo de abertura



Muito obrigada, a todos e todas.

Axé!




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Simpósio de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça






Está aberto o prazo – até o dia 26 de julho – para inscrições de propostas de Seções Temáticas de comunicação para o Simpósio de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça do Instituto Federal de Brasília (IFB), que ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 de novembro de 2013, dentro da II Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça (SERNEGRA) no IFB.
Site do SERNEGRA http://sernegra2013.blogspot.com.br/
Outras informações: http://www.ifb.edu.br/brasilia/noticias/5018-continuam-abertas-inscricoes-de-propostas-de-simposios-tematicos-para-ii-sernegra

Acontece

Nascidos em bordéis

Encrespando...





Chegou a hora, Meninas Black Power! Começa no Rio de Janeiro, depois em cada canto do Brasil e mais tarde, quem sabe, do mundo. No dia 20 de Julho teremos a primeira edição de um evento oficial Meninas Black Power com muita moda, dança, música e poesia afro-brasileira, além da oportunidade de conhecer de perto nosso coletivo e componentes. As crespas e crespos da Cidade Maravilhosa poderão participar de um encontro preparado especialmente para celebrar o cabelo natural, nossa cultura e o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. Teremos exposição de quadros lindos do artista plástico Garvey, duas rodas de conversa: uma com a Andreia Pippins, do Fly, e outra com a equipe MBP do Rio de Janeiro, onde todas poderão fazer perguntas e tirar dúvidas. Além de tudo isso contaremos com vários afroempreendedores, como A Quixotesca, Devassas Brazil e Colares D'Odarah, que estarão expondo e vendendo seus produtos.


Estão prontas? Anotem: dia 20 de julho, de 11h até 20h, no SINDSPREV - RJ (Rua Joaquim Silva, 98-A, Centro). Confirmem presença desde já através do email blogmbp@gmail.com e aguardem mais informações.

Livro em PDF para download: PRINCESAS AFRICANAS


 
Os Cadernos de Leitura Compartilhadas são revistas temáticas com textos literários e artigos de especialistas sobre o cotidiano. Trazem, também, experiências de promoção de leitura em sala de aula e outros espaços comunitários. A edição apresentada agora é a das “Princesas Africanas”, onde os autores se curvam não só à grandiosidade do continente mas também à Cleópatra, à Rainha de Sabá e a todas s mulheres que remontam à mais ilustre e desconhecida de todas as princesas: Lucy, a africana que todos temos no sangue!
http://www.leiabrasil.org.br/pdf/Princesas%20Africanas_bx.pdf

Acontece

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um trecho do discurso do presidente Obama na Universidade de Cape Town, na Africa do Sul



Historia nos diz que o verdadeiro progresso só é possível quando os governos existem para servir o seu povo, e não o contrário.

Se alguém quiser ver a diferença entre a liberdade e a tirania, deixe-os vir aqui, a África do Sul. Aqui, os cidadãos enfrentaram balas e espancamentos para reivindicar esse direito mais básico: a capacidade de ser livre, para determinar o seu próprio destino, na sua própria terra.

E o exemplo de Madiba estendeu muito além do que a vitória. Agora, eu mencionei ontem na prefeitura - como o primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, ele entendeu que a democracia só pode existir quando ela é maior do que a vontade de apenas uma pessoa. Assim, a sua vontade de deixar o poder era tão profunda quanto a sua capacidade de reivindicar o poder.

A boa notícia é que este exemplo está chamando a atenção em todo o continente. Vemos isso em eleições livres e justas entre Gana e Zâmbia.

Nós ouvimos as vozes da sociedade civil. Eu estava no Senegal e me reuniu com alguns grupos da sociedade civil, incluindo um grupo chamado Y'en Marre, o que significava "farto", que ajudaram a defender a vontade do povo depois das eleições no Senegal.

Reconhecemos que em lugares como a Tanzânia, onde os cidadãos são conectados com os seus representantes, por meio de mensagens eletrônicas. E nós fortalecemos quando as organizações se mobilizam por princípios democráticos, como a CEDEAO fez na Cote d'Ivoire.


 Mas este trabalho não está completo - todos nós sabemos disso. Não nos países onde os líderes enriquecem-se com a impunidade, não em comunidades onde você não pode começar um negócio, ou ir para a escola, ou ter uma casa sem pagar um suborno para alguém. Essas coisas têm de mudar.

E não devemos condenar apenas porque essa corrupção é imoral, mas é também uma questão de auto-interesse e de economia. Os governos que respeitam os direitos de seus cidadãos e respeitam o Estado de direito são melhores, crescem mais rápido, atraem mais investimentos do que aqueles que não o fazem. Isso é apenas um fato.

Basta olhar para o seu vizinho, Zimbabwe, onde a promessa de libertação deu lugar à corrupção do poder e, em seguida, o colapso da economia. 




Agora, depois que os líderes da região - liderado pela África do Sul - intermediou um fim para uma longa crise , os zimbabuanos têm uma nova Constituição, a economia está começando a se recuperar.

Portanto, há uma oportunidade de avançar - mas apenas se houver uma eleição que seja livre, e justa, e pacífica, de modo que os zimbabuanos possam determinar o seu futuro, sem medo de intimidação e represálias. E depois das eleições, deve haver o respeito aos direitos universais de que a democracia depende.

Estas são coisas que a América representa - não perfeitamente - mas isso é o que representamos, e é isso que minha administração representa. Nós não dizemos as pessoas que os seus líderes devem ser, mas nos mobilizamos com aqueles que apoiam os princípios que conduzem a uma vida melhor.

E é por isso que estamos interessados em não investir em homens fortes, mas de instituições fortes: judiciários independentes que podem fazer valer o Estado de Direito - as forças policiais honestas que podem proteger os interesses dos povos, em vez do seu próprio, um governo aberto que pode trazer transparência e prestação de contas.

E, sim, é por isso que nós apoiamos a sociedade civil - jornalistas e ONGs e líderes comunitários e ativistas - que dão às pessoas uma voz. E é por isso que apoiamos as sociedades que apoiam as mulheres - porque nenhum país vai atingir o seu potencial, a menos que se baseie nos talentos de nossas mulheres e nossas mães, nossas irmãs, nossas filhas.

Os direitos das mulheres

Só para lembrar aqui por um segundo, porque o país natal de meu pai do Quênia - como grande parte da África - você vê as mulheres fazendo o trabalho e não conseguem respeito. Eu digo a vocês, que você pode medir o quão bem um país faz pela forma como trata suas mulheres. E todo este continente, e em todo o mundo, temos mais trabalho a fazer nessa frente. Temos algumas irmãs, dizendo: "Amém".

Americanos intrometidos ?

Agora, eu sei que existem alguns em África ao me ouvir vão dizer coisas como - que vêem o apoio dos Estados Unidos para esses valores - e dizem que é intrusivo. Por que vocês se intrometem? Eu sei que há aqueles que argumentam que idéias como democracia e transparência são de alguma forma exportações ocidentais. Eu discordo.

Quem está no poder que fazem esses argumentos geralmente estão tentando distrair as pessoas de seus próprios abusos. Às vezes, eles são as mesmas pessoas que por trás de portas fechadas estão dispostos a vender o recurso do seu próprio país aos interesses estrangeiros, contanto que eles recebam uma parte. Eu só estou dizendo a verdade.

Agora, finalmente, eu acredito que os africanos devem tomar suas próprias decisões sobre o que serve os interesses africanos. Nós confio no seu julgamento, o julgamento das pessoas comuns. Acreditamos que, quando você controla o seu destino, se você tem uma alça sobre seus governos, os governos vão promover a liberdade e a oportunidade, porque isso irá atendê-lo.

E não deve ser apenas a América que se mobiliza para a democracia - devem ser os africanos também. Então, aqui na África do Sul, sua história democrática tem inspirado o mundo. E através
do poder do seu exemplo, e através de sua posição em organizações como a SADC e a União Africana, pode ser uma voz pois o progresso humano você escreveu em sua própria Constituição.

Você não deve presumir que é exclusivo para a África do Sul. As pessoas têm aspirações, como que em todos os lugares.

fonte: Allafrica

Saquarema em foco!

O Movimento Negro de Saquarema com muito orgulho convida a todos para o I Seminário Municipal da Promoção da Igualdade Racial, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, no dia 08 de Julho, das 17:30 as 21:30, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, com o tema 'Democracia e Desenvolvimento sem Racismo por um Estado e um Brasil Afirmativos'.
O Professor Maurício Oliveira e sua bela esposa Luciana, militantes aguerridos desta nossa incansável luta, são garantia de sucesso do evento, com suas valiosas contribuições a este momento digno de celebração por todos nós.
Asé, companheiros!!

67 minutos para celebrar o Dia Mandela no dia 18 de julho


  • O Dia Internacional Nelson Mandela - Pela liberdade, justiça e democracia é uma comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em novembro de 2009, a ser comemorado em todos os dias 18 de julho, data de nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela.

    Durante esse dia de celebração, os cidadãos da África do Sul, assim como de outros lugares do mundo, costumam dedicar 67 minutos de seu tempo aos trabalhos sociais ou de caridade, um número que simboliza os 67 anos que Mandela lutou contra o regime racista do "apartheid".

    Há uma expectativa da Fundação Mandela e do Presidente da Africa do Sul que as pessoas celebrem o dia 18 de julho no mundo, apesar da saúde de Mandela, continuar critico mas estável.

    "Esperamos que as pessoas já estejam se preparando para celebrar o 'Dia de Mandela'", afirmou o presidente da Fundação, Sello Hatang. O próximo dia 18 de julho,o ex-presidente sul-africano completará 95 anos.

    "Lembramos a todos os sul-africanos para iniciar o planejamento para o aniversário de Madiba em 18 de julho", disse o presidente Zuma

    "Nós todos devem ser capazes de fazer algo de bom para a humanidade neste dia, em homenagem ao nosso ex-presidente."

    Zuma agradeceu a todos que mantiveram Mandela e sua família em seus pensamentos e orações.

Acontece

Lançada identidade visual da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial

Inspirada no tema central do evento, a marca prioriza a plasticidade e versatilidade das formas do Brasil, considerando conceitos como desenvolvimento, nacionalidade, futuro, combate ao racismo, transformação, movimento e construção coletiva
A Comissão Organizadora Nacional da III CONAPIR lançou hoje (13/06), a identidade visual do evento, que acontece entre os dias 5 e 7 de novembro, em Brasília-DF.
 
Inspirada no tema da Conferência: “Democracia e Desenvolvimento sem Racismo: Por um Brasil Afirmativo”, a marca poderá ser utilizada nas etapas estaduais e municiais e já está disponível na página eletrônica da SEPPIR: http://www.seppir.gov.br/iii-conapir/downloads.
Para orientar a utilização da identidade, a SEPPIR produziu um manual que apresenta normas e diretrizes da correta aplicação da marca nos materiais impressos e virtuais de publicidade, promoção e divulgação do evento, pelos diversos parceiros e atores sociais envolvidos na realização da III CONAPIR.
O objetivo é contribuir para a divulgação da conferência de maneira coerente e alinhada, em todos as suas etapas de realização.
A identidade visual foi criada considerando os conceitos de desenvolvimento, nacionalidade, futuro, combate ao racismo, transformação, movimento e construção coletiva, priorizando a plasticidade e versatilidade das formas do Brasil.Por meio de um mapa estilizado, a logomarca busca retratar o Brasil com sua diversidade de identidades e expressões culturais, na perspectiva de movimento para a construção de uma nação integrada, afirmativa, inclusiva, democrática e pluralista.
A composição dos elementos em formas abstratas, coloridas e circulares, passa a ideia de movimento contínuo, caracterizando uma dinâmica que envolve a todas e a todos na tarefa de refletir e apontar caminhos para um novo modelo de desenvolvimento.
O debate centraliza a superação das desigualdades étnico-raciais e vislumbra um país que retrate sua diversidade também nos espaços de poder e de decisão.

A inclusão social e racial no centro dos debates

 
A despeito dos avanços registrados em anos recentes, ainda existe na sociedade brasileira uma dificuldade em reconhecer o racismo como um elemento estruturante das hierarquias sociais. A afirmação foi feita na manhã desta sexta-feira (28) pela ministra Luiza Bairros, titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), durante a abertura dos Fóruns Permanentes Ensino Superior – Inclusão e Diversidade: Políticas atuais e desafios para o futuro. O evento, realizado pela Coordenadoria Geral da Unicamp (CGU), contou com a organização do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
 
 De acordo com Luiza Bairros, ainda que o tema do racismo tenha entrado na agenda nacional, existe uma enorme resistência por parte de setores da sociedade em admitir que o fenômeno pode causar efeitos na vida das pessoas. “Vale destacar que esses efeitos podem ser positivos e negativos. Historicamente, eles têm proporcionado vantagens para a parcela branca e desvantagens para a parcela negra da população”, afirmou.
Conforme a ministra, os avanços conquistados pelos negros não foram suficientes para reduzir as desigualdades raciais que ainda afetam muitos brasileiros. “Embora os negros constituam mais da metade da população do país, eles não estão representados nessa mesma proporção nas universidades, nos cargos de comando das empresas e nas estruturas de poder. Entendo que esse tipo de desigualdade tem que ser enfrentado com políticas eficazes de ação afirmativa, sem as quais não conseguiremos reduzir as resistências”, considerou.
Representando o reitor José Tadeu Jorge no evento, o pró-reitor de Graduação da Unicamp, professor Luís Alberto Magna, disse que o tema tratado no Fórum é de alta relevância. Segundo ele, a Universidade tem trabalhado a questão das ações afirmativas desde 2003. “Em 2004, a instituição criou o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS), que provocou uma ampliação significativa, nos cursos de graduação, no número de alunos egressos dos extratos menos favorecidos da população, bem como daqueles autodeclarados pretos, pardos e indígenas”.
Um aspecto importante relacionado ao PAAIS, segundo o pró-reitor, é que os beneficiários do programa têm apresentado um desempenho que nada deixa a dever ao alcançado pelos estudantes que ingressaram na Universidade sem contar com pontos de bonificação. “Vale destacar que a Unicamp não tem se preocupado somente em garantir o acesso desses estudantes aos seus cursos. A instituição também tem feito esforços para mantê-los, e para isso tem oferecido uma série de bolsas de caráter social. Atualmente, a Universidade investe cerca de R$ 17 milhões ao ano nesses auxílios”, informou.
De acordo com a professora Lucilene Reginaldo, uma das organizadoras do Fórum, o objetivo do evento foi promover uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas acumuladas ao longo dos últimos anos, de modo a contribuir para formular novas propostas de inclusão social e racial, notadamente nas universidades estaduais paulistas.


Acontece

SPM prorroga, até 30/8, inscrições para o Pró-Equidade de Gênero e Raça. Leia mais: http://migre.me/fa1Iu

Acontece

Acontece

Obama e família chegam na Tanzânia




O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou, esta segunda-feira ao Aeroporto Internacional Julius Nyerere, em Dar es Salam, capital da Tanzânia, o último país que irá visitar no seu périplo por África.

O avião presidencial norte-americano, o Air Force One, aterrou na capital tanzaniana pelas 14.30 horas locais, tendo Barack e Michele Obama sido recebidos pelo presidente da Tanzânia, Jakaia Kikwete e pela primeira-dama, Salma Kikwete.

A família Obama, juntamente com as filhas Malia e Sasha foi recebida na passadeira vermelha, tendo depois o líder americano assistido à troca da guarda de honra e a um espetáculo de cantos e danças tradicionais.


 
Durante a sua visita, Obama irá reunir-se em audiência com o homólogo tanzaniano, finda a qual haverá declarações aos jornalistas.

Terminará, assim, a passagem de Obama em África, depois de já ter passado pelo Senegal e pela África do Sul.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Projeto Coletivo Kurima






(Santa Catarina) Projeto Coletivo Kurima comemora dois anos com programação cultural na Universidade Federal de Santa Catarina

Para comemorar os dois anos do projeto Coletivo Kurima – Estudantes Negros e Negras da UFSC, a Secretaria de Cultura (SeCult) da Universidade Federal de Santa Catarina promove no dia 28 de junho, sexta-feira, o Café Ndimba. O evento é uma parceria com o projeto Cine Paredão e será realizado às 20h, no Tempo Ecumênico da UFSC.






Lélia Gonzalez! Magnífica inspiração


Lélia Gonzalez, foi a responsável pela introdução do debate sobre o racismo nas universidades brasileiras e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Participou da criação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN-RJ), do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras-RJ e do Olodum-BA.

Até a metade dos anos 80, Lélia talvez tenha sido a militante negra que mais participou de seminários e congressos dentro e fora do Brasil.




Suas contribuições de maior impacto foram as que buscaram articular as questões de gênero e racismo. Um de seus textos mais emblemáticos é Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira.

" Me graduei em história e filosofia. Fiz mestrado em comunicação, e doutorado em antropologia. Nada mal para uma ex babá."

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Lindo de se ver...


  •  O Diretor Executivo do UNFPA, Dr Babatunde Osotimehin, visitou na tarde de ontem (20) a Mãe Stella de Oxossi, a ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá e a mais prestigiada líder de religião afro-brasileira da Bahia.

Durante o encontro, eles conversaram em Iorubá, língua falada na África Ocidental em países como a Nigéria, e também usada em rituais de Candomblé, a religião afro-brasileira que teve origem na Bahia com base em tradições de sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos ao Brasil entre os Séculos 16 e 19.

Acontece

Nelson Mandela em estado crítico!



"A condição do ex-presidente Nelson Mandela, que ainda está no hospital, em Pretória, tornou-se crítica," Mac Maharaj, disse em um comunicado.

Ele disse que o presidente Jacob Zuma e o ANC Vice-Presidente Cyril Ramaphosa visitaram Mandela no domingo à noite.

"Eles foram informados pela equipe médica que a condição do ex-presidente tornou-se crítica nas últimas 24 horas."

Zuma e Ramaphosa também se encontraram com a esposa de Mandela, Graça Machel para discutir a condição de Mandela.

"Os médicos estão fazendo todo o possível para melhorar sua saúde e garante que Madiba está sendo bem cuidado ",
disse Zuma, o presidente da Africa do Sul.

"Ele está em boas mãos."

Zuma apelou aos sul-africanos para que continuem orando por Mandela, e para a equipe médica que o está assistindo. -

fonte: Mail & Guardian

Bora Juventude!!!!!!

domingo, 23 de junho de 2013

Revolta dos Turbantes afirma reivindicações da população negra em manifestaçãao histórica no Rio de Janeiro

TEXTO Vilma Neres ǁ FOTOS Antonio Terra
“ Quero cotas iguais e não diferentes! (…) Essa reparação já passou da hora, não desisto, pois eu sou um negro quilombola. A força do Ilê nos conduz nessa trajetória. Esse país aqui foi feito por nós, ninguém vai mudar ou calar a nossa voz! (…)”
O trecho acima da música “A bola da vez” do Ilê Aiyê noticia o sentimento do grupo “Revolta dos Turbantes”, formado por estudantes, professores, fotógrafos, jornalistas, cientistas sociais, geógrafos etc., sendo todos esses jovens e adultos negros* participaram do último protesto sucedido no dia 20 de junho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro, em afirmação e reivindicação das pautas de demandas da população negra local. Sensibilizados com a falta de representação de pessoas nas últimas manifestações em favor das questões que atingem essa população, um grupo de aproximadamente 200 pessoas juntou-se ao mar de gente que cobria as quatro pistas de trânsito numa extensão de 3,5 km da Avenida Presidente Vargas.
“Revolta dos Turbantes” formaliza o encontro entre jovens e adultos. Alguns desses, a exemplo de Adélia Azevedo, os fotógrafos Januário Garcia, José Andrade e do produtor audiovisual Umberto Alves, também foram às ruas durante o regime militar, protestaram a favor das Diretas Já e pelo impeachment de Collor, em 1992. Esse encontro, consolidado no dia 20, foi político. Inicialmente motivado pelos jovens, Júlio Vitor e Rodrigo Reduzino, através do facebook e mais efetivamente no dia 19 em uma reunião presencial sediada no pátio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro – IFCS/ UFRJ, Centro da cidade.  “Revolta dos Turbantes” caracteriza um encontro também simbólico e estético, em que quase todos adornaram suas cabeças com turbantes em valorização da ancestralidade africana. Do mesmo modo que representa o grito pelas demandas da população negra, iniciado defronte à Igreja da Candelária, onde velas foram acesas em memória dos jovens mortos durante a chacina de 1993.
A lista de pautas exigidas, ao Estado e à sociedade brasileira, espelha a invisibilidade de negros e a violação de seus direitos nos mais diversos setores do país. Essas reivindicações abarcam até mesmo os direitos fundamentais, ainda inexistes em algumas regiões do país, como o acesso à saúde, educação e moradia digna. Entre outras demandas específicas da população negra, como em apoio a PEC das domésticas; contra o extermínio da juventude negra; pela demarcação e titulação das terras de Quilombo e Indígenas; pela efetivação da Lei 10.639/2003 e 11.645/2008 que instituem o ensino da história africana, afrobrasileira e indígena no currículo escolar; respeito às religiosidades de matriz africana; pelo acesso à renda e ao mercado de trabalho; contra a remoção de famílias em áreas onde há especulação imobiliária; contra o Estatuto do Nascituro; pela desmilitarização da PM; contra a redução da maioridade penal; pelo fim do racismo no SUS.
O fotógrafo José Andrade (Zezzynho), também militante desde os idos do regime militar relembrou emocionado a manifestação de 1988 durante o Centenário da Abolição, em que foram impedidos de ultrapassar o monumento Pantheon Duque de Caxias, localizado na Avenida Presidente Vargas. “Esse grupo de jovens, que ordeiramente acompanhou toda a manifestação, com palavras de ordem as quais de desejo e de desabafo sobre o sistema, deu essa resposta ao atravessarmos o Pantheon”, conta. Disse ainda se sentir com a alma lavada e a sensação de dever cumprido com a Revolta dos Turbantes. Andrade citou alguns nomes dos que eram jovens naquela época e que se fizeram presentes nessa última manifestação, a exemplo de Marcos Romão, Januário Garcia, Adélia Azevedo, Spirito Santo, Aderaldo Gil, e mais alguns outros que estiveram presente compartilharam esse momento.
Assim como os demais manifestantes que coloriram a Avenida Presidente Vargas no início da noite do dia 20, durante o ato da “Revolta dos Turbantes” foram entoadas as seguintes mensagens, direcionadas aos demais manifestantes que lá protestavam por causas específicas, não somente pelo direito ao passe livre:
" Eu não sou bunda, eu não sou peito! Mulher Preta pede respeito!"

"A polícia mata Preto!"

'O Estado mata Preto!"

"Quem não pula é racista!"

"Vem, vem, vem pra rua contra o racismo!"